Abertura do jogo |
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Apenas um ano depois nova investida: um fantástico e assombroso trailer de "Killzone 2" rodando no que supostamente seria um PlayStation 3. Nada de CGs, filmes feitos em computador, mas sim o próprio videogame rodando o jogo em tempo real. Revelou-se mais uma farsa criada pela Sony para gerar expectativa sobre o título. E conseguiu. Nos últimos quatro anos falar de "Killzone 2" é lembrar do tal trailer e questionar se a produção realmente entregaria um visual e experiência tão eletrizantes quanto prometidos.
Após toda essa espera, levemente atenuada pelo competente, mas simplório, "Killzone: Liberation" para PSP, chega a hora de botar as palavras da Sony sob prova - e comprovar que desta vez a empresa falou sério.
A guerra aperfeiçoada
A batalha agora acontece em Helghan, residência dos Helghast, o exército inimigo no qual os soldados usam a característica máscara de olhos vermelhos e brilhantes.
Helghast querem a supremacia |
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Toda essa emoção é mérito do magnífico trabalho realizado pela Guerrilla. Os gráficos são absolutamente sensacionais, destacando-se com folga dentre os melhores do PlayStation 3. Todavia, o mérito maior não está tanto na tecnologia, na quantidade de polígonos em ação, efeitos ligados e filtros presentes. De fato, não raro se encontram texturas pixeladas e borradas, polígonos que se quebram e falhas similares. O grande trunfo reside na ambientação criada com todo esse arsenal técnico. O clima de guerra é eminente, a todo momento se ouvem tiros, explosões, edifícios em ruínas e uma densa névoa de poeira inunda os cenários, quase como um lembrete da destruição que o rodeia.
A interação com cenários é meticulosa. Nem todos os objetos que se vê são interativo. Contudo, tais elementos abundam em momentos decisivos, no calor da batalha. Quase tudo usado por cobertura pelos soldados fica marcado de balas, quebra de alguma maneira e às vezes até se desfaz. Os elementos convergem para a grande proposta de "Killzone 2": criar uma experiência cinematográfica interativa.
A grandiosidade de ambientes é digna de produções de Hollywood, assim como a quantidade de explosões, balas, granadas e soldados que voam pelos cenários - não é por menos que os próprios produtores chamam o estilo visual de "Hollywood Realism (em português, "Realismo de Hollywood").
A trilha não deixa por menos. Suntuosa e poderosa, inclui quase meia hora de faixas orquestradas, executadas pela Orquestra Sinfônica de Londres. Em meio a tanto esmero, a dublagem não teria como ser diferente: segue o padrão dos episódios anteriores, e do próprio estilo de jogo, sendo ótima e convincente - ainda que povoada demais por palavrões e xingamentos.
Por conta disso a ação não para. Diferente de "Gears of War", que apresenta equilíbrio entre as sequências de tiroteio e partes mais calmas, apenas atravessando cenários e conversando com os colegas de equipe, "Killzone 2" segue o tempo inteiro em alta velocidade. Os intervalos entre uma área e outra de batalha intensa servem basicamente para recarregar sua arma e abastecer de munição ou trocar de armamento em depósitos bélicos convenientemente localizados.
Controle de qualidade
Quatro minutos de ação |
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A configuração de botões remete a Halo, privilegiando o fácil acesso a ataques físicos (pouco usados, mas eficientes) e granadas (sempre úteis). Os armamentos adquiridos na epopéia em Helghan não são de todo impressionantes, optando por um design sóbrio e brutal a maluquices que tanto tem aparecido, ainda mais em títulos de ficção científica e temática espacial. Metralhadoras e pistolas aparecem em grande variedade, tal qual outros equipamentos já conhecidos: shotgun, rifle de franco-atirador, lança-foguetes. Sobram os experimentos para uma arma elétrica de munição infinita, outra que dispara balaços de imensa energia e algumas outras surpresinhas.
Uma das grandes proezas memoráveis de "Killzone 2" é conseguir usar o sensor de movimento dos controles do PS3 de maneira útil e agradável. São elementos sutis: gire para controlar manivelas, instalar bombas ou maneje para os lados a fim de acertar a precisão da mira do rifle de franco-atirador. Nada revolucionário, mas tipo de detalhe que valoriza o conjunto da obra.
As opções de partida online para vários jogadores garantem imensa sobrevida mesmo após o fim da campanha principal - relativamente extensa, exigindo cerca de 10 horas para ser finalizada por alguém com experiência no gênero. O sistema busca inspiração em "Call of Duty 4" e "Team Fortress 2", privilegiando trabalho em equipe assim como evolução de personagens, o que confere habilidades extras.
Quatro minutos de ação |
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Ainda no aspecto online, Killzone 2 registra dezenas de estatísticas suas, que podem ser enviadas à comunidade oficial do game na rede PSN e depois comparadas com amigos e outros jogadores.
CONSIDERAÇÕES
Grandioso, intenso, lindo e envolvente. "Killzone 2" é um jogo que marca época pelo grau de refino e polimento que apresenta. Faz jus ao trailer de 2005? Talvez não plenamente, o que não quer dizer que seja ruim. Em uma geração de consoles povoada por tantos games de tiro em primeira pessoa, "Killzone 2" alcança lugar entre os melhores não por inovar ou revolucionar, mas executar com alto nível de excelência conceitos consagrados e divertidos.Fonte : UOL Jogos
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