GameSpot testa o novo Need for Speed: Shift

No último evento da imprensa que a EA promoveu em San Francisco, a companhia tinha dois 'stands' com builds do NFS Shift. Dependendo da versão que você fosse jogar, você tinha dois pontos de vista completamente diferentes do que o jogo se trata. O pessoal da SMS está concentrado em fazer a experiência mais realista e fiel ás corridas de verdade já vista em um NFS (e por que não, um game de corrida?), mas também manter a curva de aprendizado fácil que sempre foi uma parte da série. Os dois aspectos do game foram mostrados no evento, e de certa forma, as diferenças não poderiam ser maiores.

Primeiro, as semelhanças. Mesmo que os dois stands tinham carros e pistas diferentes, o foco em simular a experiência de piloto foi completamente efetiva nos dois. O game estava rodando a sólidos 30 fps, mas o ritmo dos carros na tela não era nada lento. Parcialmente devido a taxa estável de FPS, mas também por causa de alguns efeitos visuais inteligentes -- mais perceptíveis na vista do cockpit -- que realmente ajudam a colocar o jogador atrás do volante virtual. Primeiro, há alguns pequenos movimentos da câmera quando você freia ou acelera --'pancadas' para emular sua cabeça sendo jogada pra frente ou pra trás-- Essa câmera super criativa também é afetada por imperfeições e subidas das várias pistas, assim como qualquer batida em outros carros, ou objetos do mapa.


Apesar da câmera dinâmica não ser exatamente 'nova' para games de corrida, o jogo usa alguns efeitos de distorção de formas que nunca tínhamos visto no gênero. Quando você está rápido na visão do cockpit, sua visão vai começar a distorcer o interior do carro, enquanto a estrada e os competidores vão continuar focados. É um efeito que emula o foco dos motoristas, enquanto eles se concentram no caminho á frente, bloqueando o resto da visão periférica. É uma técnica linda, mas nós achamos um pouco desnecessária. Afinal, quando estiver jogando, seus olhos vão focar naturalmente nas coisas que importam na pista, bloqueando as outras coisas que você não precisa se concentrar. E também, vendo que o espelho retrovisor fica distorcido também, os carros atrás ficam distorcidos e sem foco, o que nós achamos extremamente irritante, especialmente em corridas apertadas. Estamos esperando que a SMS inclua uma opção para colocar ou tirar esse efeito, dependendo da preferência do player.

Então, mesmo que gráficos perfeitos estavam nas duas versões, o contraste entre os dois games estava nos carros e na pista. Uma versão do game tinha uma corrida de três voltas em Wilow Springs Raceway (é, a pista do ProStreet), no deserto da Califórnia. Diferente de pistas como Laguna Seca e Road America, Willow Springs é uma pista menos conhecida, cheia de curvas fechadas, curvas de alta velocidade e divertidas trocas de elevação. O carro era uma McLaren F1, um dos carros mais potentes do Shift, com uma quantidade monstruosa de potência e uma handling responsiva. Apesar da potência, o carro não foi um pesadelo para controlar, devido ao monte de assists ligados para ajudar a conter a temida McLaren. Controle de tração, ajuda nos freios, e a driving line (as flechinhas da pista) colorida fizeram a corrida de três voltas poder ser terminada com facilidade, e alguns competidores da AI fracos foram de pouco desafio.

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Compare isso ao outro stand com o game, que continha uma corrida cheia de Nissan Skylines de 1969 correndo nas ruas de Tokyo. Em contraste a McLaren em Willow Springs, quase todos os assists pareciam estar desligados nessa versão, resultando em um NFS que não parecia nenhum outro, salvo talvez o Porsche Unleashed. Era um carro que não era muito rápido, era solto nas curvas, tendia a derrapar facilmente, e que não ajudava se você errasse o tempo da curva. Aqui, também, os oponentes não perdoavam, não tinham medo de te acertar nas curvas, nem vergonha de te deixar comendo poeira se não conseguisse acompanhar. Isso tá longe do gameplay manjado do NFS que estamos acostumados, e foi uma experiência ótima, mesmo que acabaram chutando nossos traseiros.

É entre esses dois extremos que NFS Shift se encontra - um simulador verdadeiro indo atrás dos fãs de Forza e GranTurismo, e um NFS que é amigável o suficiente para jogadores casuais, para manter os dólares entrando. É uma aposta perigosa, considerando que uma porção dos fãs está esperando mais um game desinspirador cheio de cutscenes manjadas. Mesmo assim, se Shift conseguir abrangir um novo público, estabelecendo-se como um simulador de respeito, pode ser uma aposta que valha a pena. Fique ligado para o lançamento do jogo em Setembro.

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Sinceramente, eu estou aliviado por ler esse hands-on!

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