Epic Mickey [Wii] : A Ressurreição ?

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É o regresso do velho Mickey mouse, o lendário roedor dos estúdios Disney que percorreu os trilhos da animação e do cinema, figurando por gerações como um ícone da cultura pop. Mickey empresta o seu nome ao novo jogo exclusivo para a Nintendo Wii e que bem se pode considerar uma épica aposta conjunta por parte da Disney e da Junction Point Studios, produtora a cargo do desenvolvimento tendo à frente Warren Spector, que já nos trouxe obras como Deus Ex e a série Thief.

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Pondo ao cuidado atento os primeiros desenhos de Epic Mickey, resulta nítidamente que esta obra não percorre os tradicionais aproveitamentos das licenças. É um jogo que proporciona um novo posicionamento do personagem, com sentido próprio e determinação, ancorado numa teia sombria e madura. Em grosso modo opta-se pela revitalização da personagem, ao mesmo tempo que se impõe um novo desafio.

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No que toca ao argumento, por enquanto sabe-se que o rato Mickey foi sugado por um espelho que tinha em casa e transportado para um mundo denominado “cartoon wasteland” onde irá começar por encontrar o coelho Oswald (the Lucky Rabbit) – criado por Walt Disney em 1927, mas tristemente acabado num recipiente de rascunhos – e que desta vez procura recuperar algum do sucesso que fora por inteiro deslocado para o rato Mickey.

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Entre os vilões que farão de tudo para aniquilar o protagonista, nomeadamente Phantom Blot e Mad Doctor (que a seu mando desenvolveu criaturas robóticas a partir dos modelos originais criados pela Disney), Warren Spector fala a respeito do coelho Oswald como sendo um personagem que pode encontrar no final a redenção e ganhar até a confiança do rato Mickey.

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Esta simbiose entrelaça-se com elementos tradicionais das plataformas, aventuras e um esquema de opções morais ao jeito de um jogo de RPG. As áreas de jogo, suficientemente largas e concebidas a 3 dimensões, facilitam a exploração e permitem o encontro com outros personagens, abrindo portas para sucessivas demandas em função das opções tomadas.

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A natureza destas opções não se põe tanto do plano da moralidade, mas do comportamento do nosso protagonista, podendo erguer uma atitude complacente ou, em alternativa, um comportamento ajustado para o confronto imediato, dando ao Mickey quase o que se poderia chamar de uma tendência para as disputas, pouquíssimas vezes salientado em todo o período de utilização da personagem.

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A interação com o cenário será fundamental, estando previstos dois sistemas que permitem colorir objetos, prevendo-se que alguns deles tenham uma indicação específica – recorrendo ao pincel mágico – ou apagar, destruindo parte dos cenários como forma de vencer inimigos, através de uma substância do tipo diluente. Dentro de um determinado tempo e apontando o Wii remote na direção do objeto designado, poderão aplicar essas técnicas, mas sempre com um limite em termos de quantidades.

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Maior é a tendência para colorir, escassas oportunidades terão para apagar. À partida existe uma perfeita dicotomia, mas se optarem por recuperar e reconstruir os cenários devastados por obra e graça de Phantom Blot, ganharão a confiança dos habitantes daquele mundo e que poderão nos levar por novas áreas.

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Uma boa parte do investimento no jogo faz-se também na ligação e autenticidade dos cenários dentro do universo Disney. Predomina a construção tridimensional, embora nas ligações da Wasteland haja uma alteração para um 2D de plataformas em “side-scrolling” horizontal. O elenco de personagens a interagir é suficientemente vasto, desde as “vintage” até aos Gremlins, não esquecendo outras ilustres como o pato Donald o Pateta e por essa banda.

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Na prática os recursos à disposição da Junction Point Studios permitem desenvolver uma história que muito dirá aos fãs da Disney embora os mecanismos que garantem a interação e sobretudo o argumento próprio e sustentado na construção que a chancela de Warren Spector pretende atribuir ao rato mais conhecido da animação sejam os principais trunfos.

Previsto para Setembro deste ano, as aventuras de Mickey chegarão com um renovado apelo.

Um comentário:

Tartarus's King disse...

parece ótimo,é uma pena eu não ter um wii