O movimento Stop Killing Games, que cobra das empresas uma solução justa quando encerram jogos online, atingiu 1 milhão de assinaturas. E quem precisou se explicar foi ninguém menos que Yves Guillemot, CEO da Ubisoft, diretamente numa reunião com acionistas.

O motivo? Em 2024, a Ubisoft encerrou de vez os servidores de The Crew, um jogo de corrida comprado por milhares de jogadores. E o problema é esse: mesmo quem pagou, simplesmente perdeu o acesso. Isso sem falar no fiasco de XDefiant, que também acabou antes da hora.
Diante da pressão, Guillemot disse que a empresa “faz o possível para manter os jogos ativos 24 horas por dia” e que, ao encerrar serviços, avisa com antecedência - algo discutível, já que o aviso fica escondido em letras miúdas nas caixas dos jogos. Sobre o caso do The Crew, mencionou a promoção onde venderam The Crew 2 por apenas 1 euro para os donos do jogo original. Mas sejamos sinceros: comprar a sequência em promoção não é a mesma coisa que continuar acessando seu próprio jogo.
O CEO também alegou que “nenhum serviço dura para sempre”, que “isso não é um problema só da Ubisoft” e que “suporte para todos os jogos não pode durar eternamente”. Até aí, tudo bem. Mas o que o movimento Stop Killing Games quer não é que a Ubisoft mantenha servidores ativos para sempre, e sim que implemente um modo offline ou algum tipo de patch que permita rodar o jogo sem depender da empresa.
Pelo menos, nesse ponto, a Ubisoft começou a ceder: um modo offline para The Crew 2 está planejado. Mas o estrago no jogo original já está feito - e outras franquias podem seguir o mesmo destino.
Fica a reflexão: quando você compra um jogo digital, será que ele realmente é seu?
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