Review - Spirit of the North 2: O Chamado da Raposa Continua !!

Alguns jogos não precisam de palavras para emocionar. Quando o primeiro Spirit of the North chegou em 2019, ele tocou os corações de muitos jogadores com sua narrativa silenciosa, beleza natural e um forte simbolismo espiritual. Agora, com Spirit of the North 2, a Infuse Studio promete levar essa experiência contemplativa a um novo patamar: mais ambicioso, mais vasto, e ainda mais tocante.
 

Mas se você é do tipo que curte porrada, explosão, diálogos com palavrão e chefões com nome em caps lock… Spirit of the North 2 talvez não seja o seu rolê. Mas se você já chorou vendo documentário de natureza com trilha do Hans Zimmer e tem uma leve queda por raposas místicas brilhantes então, meu amigo, esse jogo foi feito sob medida pra você. A raposinha vermelha que conquistou corações no primeiro jogo está de volta, mais elegante e espiritualizada do que nunca, pronta para correr, pular e meditar enquanto salva o mundo com o poder do silêncio e da fofura.

Dessa vez, nossa raposa não está sozinha. Ela ganha um parceiro: um corvo preto que parece ter saído de um crossover entre Dark Souls e Assassin’s Creed. Mas fique tranquilo: ele não te dá sermão, nem te empurra pro abismo. Pelo contrário, ele ajuda a resolver puzzles, ativa mecanismos e dá aquela moral quando você não alcança algo com suas patinhas. É como jogar The Last of Us (guardadas as devidas proporções), mas em vez de Joel e Ellie, temos... A Raposa e Corvo: Espírito Selvagem.

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Se você acha que vai abrir o jogo e ser bombardeado com cutscenes de 20 minutos, esquece. Spirit of the North 2 continua na linha “menos fala, mais contemplação”. A história rola no visual, na música e nos momentos em que você para de correr só pra olhar a luz do sol atravessando as árvores e pensa: “Puts… o mundo podia ser assim, né?”. A ideia é simples: libertar os guardiões espirituais que foram corrompidos. Você corre por florestas místicas, ativa totens mágicos, resolve puzzles que fariam um monge sorrir de canto de boca, e vai vendo o mundo florescer de volta. Literalmente. Pode acreditar

A trilha sonora é aquela que te faz querer largar tudo, adotar uma vida minimalista e morar numa cabana no meio do mato. Com violinos melancólicos, piano sutil e aquela vibe “Spotify - Playlist Calma e Focada”, Spirit of the North 2 te embala como se fosse um cobertor quente num dia de chuva. Como diria Arnaldo Césa Coelho, a regra é clara: use fone de ouvido e desligue as notificações. Esse é um jogo pra zerar com alma lavada.

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Aqui, o gameplay gira em torno de explorar, observar, resolver puzzles e relaxar. Pode parecer estranho em meio a um mundo dominado por loot, upgrades e batalha de chefe toda hora - mas, acredite, depois de meia hora correndo com sua raposa brilhante e escutando o som do vento, você vai se perguntar por que todo jogo não tem um botão de “deitar e observar o céu e o cenário em volta”.

Conclusão

Spirit of the North 2 é aquele tipo de jogo que não grita. Ele sussurra. E mesmo assim, diz muito. É bonito, relaxante, poético, e com a dose certa de “não tô entendendo tudo, mas tô sentindo tudo”. Se você quer um jogo que abrace sua alma em vez de bombardear sua mente, essa é a pedida. E se no final você se pegar chorando por uma raposa espiritual e seu corvo gótico, não se preocupe:você com certeza não foi o único.

✅ Ideal pra jogar depois de um dia estressante
✅ Combina com chá quente e meia felpuda
❌ Não recomendado para quem sente raiva de puzzles simples
✅ Recomendado para quem já chorou com Okami ou Ori

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