O lendário Fumito Ueda, mente criativa por trás de ICO, Shadow of the Colossus e The Last Guardian, soltou uma opinião que pode surpreender muita gente: não é preciso reinventar a roda a cada jogo.
Em entrevista ao site japonês DenfaminicoGamer, Ueda comentou que, ao contrário do que muitos pensam, os jogos não precisam apresentar novas mecânicas inovadoras a cada lançamento. Segundo ele, vivemos uma era onde refinar sistemas já existentes pode ser tão válido quanto criar algo do zero.
“A era das mecânicas acabou”
A declaração surgiu durante uma conversa com Keita Takahashi, criador da série Katamari e atualmente diretor do jogo narrativo To a T. Takahashi comentou que seu novo projeto não traz muitas mecânicas inovadoras - ao que Ueda respondeu que isso não é um problema.
Nas palavras de Ueda:
“Não acho que estamos numa era onde precisamos oferecer novos dispositivos e novas mecânicas a cada jogo.”Takahashi, inclusive, reforçou que Ueda vem defendendo essa ideia há tempos, desde jogos como Journey, que conquistaram o público focando mais em atmosfera e experiência do que em gameplay inédito.
Menos é mais?
A fala do criador de Shadow of the Colossus levanta um debate interessante: a indústria realmente precisa buscar inovação em cada jogo? Ou já estamos num momento onde refinar o que funciona é mais importante do que forçar novidades que nem sempre agregam?
Para Ueda, a resposta é clara. Suas próprias obras - com mecânicas simples, porém executadas com maestria - provam que a inovação nem sempre precisa vir no gameplay.
E você, o que acha? Inovação ainda é essencial nos games, ou é hora de valorizar o “aprimoramento” do que já existe?
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