Sony quer levar mais jogos do PS5 para Xbox e Nintendo - fim dos exclusivos?

A era dos exclusivos de console está com os dias contados? Talvez não para a Nintendo, mas a Sony está, sem dúvida, abrindo cada vez mais as portas do seu ecossistema. E agora, uma nova vaga de emprego publicada pela própria empresa reforça essa tendência.

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Um anúncio no site oficial da PlayStation busca um diretor para liderar a estratégia multiplataforma da companhia, diretamente do escritório central em San Mateo, na Califórnia. E olha só o trecho que chamou atenção:

“Você será responsável por otimizar a rentabilidade dos títulos do PlayStation Studios em todas as plataformas digitais além do hardware PlayStation, incluindo Steam, Epic Games Store, Xbox, Nintendo e mobile.”

Sim, você leu certo: Xbox e Nintendo estão listados diretamente no anúncio.

O que esse cargo vai fazer?

De acordo com a descrição completa da vaga, o novo diretor será responsável por:

  • Definir e liderar a estratégia comercial global dos jogos do PlayStation Studios fora do PlayStation;

  • Gerenciar o planejamento comercial de médio prazo e parcerias com outras plataformas;

  • Trabalhar diretamente com concorrentes como Xbox e Nintendo para manter uma boa colaboração, efetividade promocional e desempenho otimizado dos jogos fora do ecossistema PlayStation.

O que isso significa na prática?

É importante dizer que isso não representa uma mudança radical de estratégia (pelo menos, ainda). A Sony já vem expandindo seu território há algum tempo - Horizon, God of War, The Last of Us e outros jogos já chegaram ao PC. Mais recentemente, LEGO Horizon Adventures foi anunciado também para o Nintendo Switch, e até Helldivers 2 foi confirmado para Xbox Series X|S.

Mas a novidade aqui é a clareza e oficialidade do movimento. Esse não é um boato: é a própria Sony contratando alguém para liderar essa expansão. Isso indica que a empresa está levando a sério a ideia de transformar seus jogos em experiências multiplataforma, e não apenas portá-los anos depois por oportunismo.

E o futuro dos exclusivos?

Hermen Hulst, chefe do PlayStation Studios, já disse recentemente que a empresa precisa ser “muito cuidadosa” ao levar suas franquias para fora do console, para não prejudicar o valor do seu ecossistema. Mas é claro que existe uma pressão crescente do mercado e dos próprios jogadores.

A verdade é que muita gente comprou o PS5 esperando uma enxurrada de exclusivos, e o ritmo lento de lançamentos, somado à chegada desses jogos no PC (e agora, quem sabe, nos consoles rivais), tem causado um certo desconforto.

A vaga de emprego pode até sugerir apenas a continuação da estratégia atual. Mas com ports chegando mais rápido e franquias importantes explorando outros territórios, fica claro que o PlayStation de hoje não é mais o mesmo da era PS3/PS4.

O grande ponto de interrogação agora é: como isso vai impactar o PS6? Vai valer a pena investir num novo console se os jogos aparecerem em outros lugares?

Seja como for, o muro dos exclusivos está rachando - e a Sony está com a marreta na mão.

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