A disputa entre Nintendo e a Pocketpair, criadora de Palworld, ganhou mais um capítulo curioso. A gigante japonesa argumentou nos tribunais que mods não devem ser considerados “jogos propriamente ditos” e, por isso, não podem servir como defesa de prior art (obras anteriores que poderiam invalidar alegações de patente).
A Pocketpair havia apontado para o mod Pocket Souls de Dark Souls 3 - que permite capturar inimigos e batalhar com eles - como exemplo de que mecânicas semelhantes às de Pokémon já existiam antes, enfraquecendo assim as alegações da Nintendo.
Mas a Big N rebateu dizendo que mods dependem de outro jogo para funcionar, não existindo de forma independente. Logo, não poderiam ser comparados a um produto comercial como Palworld.
🔎 Por que isso importa?
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Em disputas de patentes no Japão, exemplos de prior art têm peso, e já houve casos em que réus saíram vencedores com base nisso.
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Especialistas lembram que mods muitas vezes inspiram desenvolvedores e, por isso, podem sim ser relevantes.
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A Nintendo, porém, tenta descredibilizar essa defesa, já que recentemente conseguiu registrar nos EUA uma patente sobre o sistema de invocar subpersonagens que lutam de forma automática ou sob comando do jogador.
🎙️ O advogado Richard Hoeg afirmou que a patente é “válida até que se prove o contrário, mas a Nintendo provavelmente sabe que deu sorte em consegui-la e preferiria evitar um julgamento pesado”. Já Don McGowan, ex-diretor jurídico da The Pokémon Company, acredita que o documento dificilmente será levado a sério em tribunais.
Enquanto a batalha legal segue, a Pocketpair já fez ajustes em Palworld e prepara o jogo para sua versão 1.0 em 2026, prometendo corrigir bugs e polir a experiência.
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