Peter Molyneux afirmou que não voltará a falar com a imprensa em uma entrevista dada ao jornal britânico The Guardian. “A
única resposta é eu me afastar. Adoro os meus jogos e adoro compartilhá-los com as pessoas. É essa coisa incrível que posso fazer com a
minha vida, criar ideias e compartilhá-las com as pessoas. O problema é
que não tem funcionado,” disse Molyneux.
Conhecido
por prometer conceitos e ideias nem sempre materializadas, recentemente
o "caldo entornou" quando o vencedor do jogo Curiosity - o primeiro
jogador a chegar ao centro do cubo - mostrou estar chateado por ainda não ver
concretizado o prêmio anunciado: ser Deus no jogo Godus, também
produzido pela 22Cans. Sobre esta situação, Molyneux explica que
“tínhamos alguém trabalhando aqui com Bryan, ele saiu e ninguém assumiu
as rédeas para manter Bryan informado e a par da situação. Isso foi
terrível, foi atroz e compreendo que ele se sinta ofendido com isso.”
O
problema de Bryan será resolvido, porém, “o problema que temos é que
não podemos começar o seu reinado como “God of Gods” até implementarmos a
tecnologia que lhe permita ser desafiado em jogos competitivos de Godus
e como as pessoas têm afirmado ainda temos que adicionar combates a
Godus. A versão do PC de Godus ainda não foi lançada, 18 meses
depois da data de lançamento anunciada. E como revela o The Guardian,
recentemente Molyneux anunciou em um vídeo que a equipe de produção seria
reduzida para que os membros passassem para o novo jogo da produtora,
The Trail.
“Acho que o maior erro foi estimar quanto tempo o jogo demoraria para ser criado. Estupidamente e de forma inocente não levei em consideração o tempo nas previsões e estava 100% enganado.
Quando se está criando algo que nunca existiu antes, é muito, muito
difícil ser preciso com este tipo de coisa. A minha esperança é
que daqui a seis a nove meses, as pessoas comecem finalmente a ver o
jogo que financiaram - Godus foi financiado no Kickstarter, onde recebeu cerca de 700 mil euros. Isso significará dois ou três
anos de desenvolvimento, o tempo de desenvolvimento de um jogo original.
Desejei que não demorasse tudo isso. Até meados de janeiro, todos os momentos
dessa empresa foram dedicados a Godus,” acrescentou.
“Adoro
trabalhar em jogos, é a minha vida. Me sinto muito honrado em fazer
parte da indústria dos jogos, mas compreendo que as pessoas estejam
fartas de ouvir a minha voz e de ouvir as minhas promessas. Por isso
vou deixar de falar com a imprensa e vou deixar de falar sobre jogos
totalmente. E aliás, estou dando essa entrevista como uma resposta a
este período emocional, terrível e horrível nos últimos três dias. Acho
honestamente que a única resposta a isso é eu deixar de falar com a
imprensa completamente.” Para lerem a entrevista na íntegra, cliquem aqui.
Fonte: The Guardian.