Randy Pitchford: "Nintendo é escrava do passado" !!

Randy Pitchford, Presidente da Gearbox, falou com o site GamesIndustry sobre a situação da Nintendo após a E3 que deixou muitos fãs descontentes com a companhia por não ter cumprido com as expectativas esperadas. Para Pitchford, uma parte do problema da Nintendo reside no fato de estar muito ligada aos fãs tradicionais quando, na sua opinião, deveria tentar chegar a um novo público.

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Pitchford acredita que muitos dos jogos da Nintendo têm uma boa aceitação por parte da imprensa pela sua jogabilidade, mas que isso parece não chegar a chamar a atenção do público em geral. Ele comparou com os elogios que os críticos fazem ao cinema independente, apesar desses filmes terem receitas de bilheteiras muito modestas.

"Acontece que alguns dos filmes mais bem avaliados do Rotten Tomatoes são filmes de que nunca ouvi falar. São coisas independentes que não são dirigidas a mim. A Nintendo tornou-se muito boa para falar com os clientes da Nintendo. Mas acho que a Nintendo poderia conseguir mais se descobrissem como falar com novas pessoas. E isso é um problema muito difícil." Para ele a Nintendo está em uma posição onde está submetida aos seus sucessos do passado, mas que precisa fazer algo novo para atrair mais pessoas.

"Estamos sempre tentando inventar algo novo, e isso é assustador porque ninguém sabe o que é algo novo," assinalou Pitchford em relação à indústria dos jogos. "Enquanto isso, os seus clientes atuais estão gritando "Me dê o antigo melhorado" . Mas sabemos que as grandes marcas do futuro ainda não existem hoje. E as marcas que são grandes hoje deixarão de ser e cairão. Por isso do meu ponto de vista, a única opção é criar coisas novas."

Pitchford exemplificou dizendo que, "Estou fazendo um novo jogo e ninguém sabe o que é. Muita gente conhece e gosta do último jogo que fizemos e perguntam porque é que não estamos fazendo mais do mesmo. É engraçado porque isso é exatamente o mesmo que se passou no passado. Quanto tentávamos criar Borderlands e mostrar às pessoas porque é que isso iria ser demais, todos nos diziam, 'Porque é que não fazem outro Brothers in Arms?'".