No dia 20, a Assembleia Nacional Francesa iria ponderar sobre uma nova lei que
visava penalizar a produção de jogos considerados sexistas,
demonstrando uma "representação degradante da mulher". Na França,
os estúdios compostos na sua grande maioria por cidadãos Franceses ou da
união europeia com um orçamento abaixo de um valor específico, podem
ficar aptos para recuperar 20% dos custos de produção. Esta lei
procurava retirar esses privilégios aos títulos que se enquadrassem nas
suas definições.
A lei foi apresentada e reprovada pela Assembleia
Nacional, mas mesmo assim Catherine Coutelle criticou os jogos existentes
que acredita representarem de forma menos adequada as mulheres ou até
outros que preferem nem apresentar personagens femininas. Coutelle usou jogos como Assassin's Creed: Unity como exemplo da má
postura da indústria, utilizando palavras que foram erradamente
traduzidas e posteriormente corrigidas mas usadas da forma mais
conveniente. Catherine Coutelle não disse os nomes dos jogos mas
utilizou frases retiradas de entrevistas com os criadores ou até de
trailers, como foi o caso de Detroit: Become Human. Falando de um
criador que diz preferir escrever personagens femininos mas que o seu
personagem é um andróide feminino "controlado por uma voz masculina".
"Posso
tomar conta da sua casa, cozinhar, cuidar das crianças, organizar as suas coisas...e estou inteiramente ao seu dispor enquanto parceiro
sexual. Não tens que me alimentar." Estas são palavras que ouvimos na
demonstração tecnológica Kara do Quantic Dream na GDC 2012, tiradas de
contexto pela senhora Coutelle. O governo Francês acabou por
rejeitar a proposta de lei, dizendo que, apesar de entender a
necessidade de representar dignamente as mulheres na indústria dos jogos, isso iria ser contra-produtivo para o país. Primeiro, porque a
França ainda não tem muito peso internacionalmente como criadora de jogos, segundo porque iria tirar poder aos estúdios que iriam para
o estrangeiro desenvolver esses mesmos jogos.
Para o governo
Francês, a indústria Francesa dedicada aos jogos precisa crescer,
ganhar poder e não restringir a criatividade como essa lei teria
capacidade para fazer. O importante será tornar mais apelativa a entrada
no meio para as mulheres, de forma a criarem os seus próprios conteúdos
a decidirem como se expressar.
Sussu: Esse povo não tem mais o que fazer não ???