Review: The Precinct - Mantendo a Lei e a Ordem - SussuWorld !!

Imagine "Need for Speed: Hot Pursuit" misturado com "Police Quest", tudo embalado numa vibe oitentista digna de RoboCop. Essa é a proposta de The Precinct, o mais novo título da Fallen Tree Games, mesma equipe por trás de American Fugitive. O jogo já vem chamando atenção por trazer de volta algo que poucos tentaram: a fantasia de ser um policial patrulheiro em uma cidade aberta e viva. Mas será que esse retorno aos anos 80 vem com distintivo e autoridade ou apenas com nostalgia e sirenes barulhentas?


Bem-vindo a Averno City

The Precinct te coloca no papel de Nick Cordell Jr., um jovem policial novato recém-saído da academia, tentando honrar o legado do pai, um oficial morto em serviço. A cidade de Averno, fictícia e cheia de contrastes, pulsa com crimes aleatórios, gangues armadas, perseguições de carro e uma atmosfera urbana onde cada beco esconde algo - ou alguém. Visualmente, o jogo impressiona com sua estética isométrica tridimensional, misturando um visual moderno com filtros que remetem a fitas VHS e cartazes de filmes policiais antigos. A trilha sonora sintetizada completa o pacote, mergulhando o jogador em um universo entre Miami Vice e Dirty Harry.

Diferente de outros títulos policiais que focam apenas em grandes narrativas ou sequências cinematográficas, The Precinct é sobre a rotina. Você patrulha ruas, atende chamados do rádio, aborda suspeitos, investiga locais de crime e claro - participa de perseguições de carro cheias de adrenalina. O grande trunfo está na estrutura dinâmica de mundo aberto. Crimes acontecem em tempo real, e você pode escolher como lidar com cada situação. Desde pequenos furtos até grandes tiroteios envolvendo facções rivais. A cidade não gira ao seu redor - ela respira por si só.

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O sistema de direção é um destaque à parte. Com uma física arcade muito bem polida, cada perseguição remete aos filmes clássicos onde carros deslizam em curvas fechadas e barris explodem ao menor toque. O jogo não tenta ser realista, e isso funciona a favor da diversão. Além disso, o jogador pode melhorar equipamentos, desbloquear veículos policiais diferentes e desenvolver seu personagem ao longo da carreira. Há até investigações maiores, que exigem coleta de provas e interrogatórios.

Diferente de muitos jogos de mundo aberto que pecam pelo excesso, The Precinct tem um objetivo claro: ser um simulador de ação policial com aquela alma retrô, sem perder a pegada arcade e acessível. É como se a Rockstar tivesse feito um "GTA: Polícia" em 1987. Com sua mistura de nostalgia, mundo vivo, e jogabilidade voltada para ação e patrulhamento emergente, The Precinct promete preencher um nicho que ficou abandonado por anos: o de ser o herói da lei, não o fora-da-lei. Para quem cresceu assistindo filmes de ação em fita cassete e sempre quis estar atrás do volante de uma viatura, a espera pode valer muito a pena.

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The Precinct pode se tornar um dos jogos mais estilosos e únicos do gênero policial nos últimos anos, se ele entregar o que prometeu. E acreditem, ele entrega uma carta de amor aos anos 80, com algemas, distintivo e sirene ligada.

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