O coração de Death Kid está na sua estrutura roguelite. Cada tentativa é diferente da anterior, com fases geradas proceduralmente, progressão com upgrades permanentes e uma curva de aprendizado baseada na repetição e isso transforma cada run em algo único. Armas malucas, poderes sobrenaturais e decisões que afetam sua jornada fazem com que você sempre queira tentar "só mais uma vez". A cada morte, o jogador aprende algo novo - seja uma mecânica, um padrão de inimigo ou uma forma melhor de explorar o cenário.
Os controles são precisos, e o combate, embora frenético, nunca parece injusto. É o tipo de jogo que exige reflexos rápidos, mas recompensa quem aprende com cada derrota. O salto duplo, o dash no ar e a esquiva no último segundo viram instintos em poucas horas. As batalhas são rápidas e exigem reflexos apurados, com direito a dash aéreo, esquiva no último segundo e ataques com armas excêntricas. O controle responde bem e oferece aquela sensação gostosa de "culpa do jogador" quando se erra.
A arte é um show à parte. Os cenários variam de cemitérios abandonados a mansões vitorianas infestadas de demônios. Tudo parece saído de um clipe do Gorillaz dirigido por Edgar Allan Poe. A trilha sonora acompanha o clima com sintetizadores sombrios, batidas industriais e, claro, um solo de guitarra em cada chefão. Um dos maiores destaques do jogo é, como eu disse, o seu estilo visual único, que lembra uma mistura entre Tim Burton e Cuphead, com cenários macabros, cores contrastantes e animações fluidas. A trilha sonora acompanha o clima sombrio, com sintetizadores, batidas eletrônicas e guitarras distorcidas que embalam as batalhas contra chefes.
Mesmo com uma pegada arcade, Death Kid tem uma narrativa interessante. Diálogos com NPCs misteriosos, fragmentos de memória e escolhas que afetam o final do jogo tornam a experiência mais profunda do que aparenta à primeira vista. Existe um drama real por trás da figura esquelética de Kid, e descobrir isso é parte da recompensa.
Pontos Fortes
✅ Estilo visual único e memorável
✅ Gameplay fluido e viciante
✅ Trilha sonora arrepiante (no bom sentido)
✅ Boa variedade de armas e poderes
✅ Rejogabilidade altíssima
Pontos Fracos
⛔ Algumas fases aleatórias podem quebrar o ritmo
⛔ Pequenos bugs de colisão em algumas plataformas
⛔ Curva de dificuldade inicial pode assustar os novatos
Vale a pena morrer por esse jogo?
Death Kid é uma daquelas surpresas que você não sabia que precisava. A Crooked Games entregou um pacote redondinho, cheio de personalidade, com ação frenética e um visual de cair o queixo. Pode não reinventar a roda, mas definitivamente pinta uma caveira estilosa nela. Se você curte desafio, atmosfera sombria com uma pitada de humor macabro, e aquela sensação deliciosa de morrer várias vezes até dominar o jogo... então se prepare: o inferno te espera de braços abertos - e pistolas em punho.
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