A Remedy divulgou seu relatório financeiro referente ao terceiro trimestre de 2025 (julho a setembro) e, apesar de registrar aumento nas vendas e royalties de jogos, a empresa relatou queda acentuada na receita e na lucratividade.
No total, a Remedy arrecadou €12,2 milhões, uma queda de 32% em relação ao mesmo período do ano passado, e registrou prejuízo operacional de €16,4 milhões, muito acima da perda de €2,4 milhões do Q3 de 2024.
O principal motivo? O desempenho abaixo do esperado de FBC: Firebreak, o jogo cooperativo da companhia, que recebeu sua primeira grande atualização no final do trimestre, mas viu as vendas melhorarem “apenas marginalmente”.
Com isso, a Remedy revisou sua previsão para 2025 e registrou uma desvalorização contábil de €14,9 milhões, referente a custos de desenvolvimento e direitos de publicação. Parte da equipe de Firebreak foi realocada para outros projetos, embora o estúdio afirme que continuará a aprimorar o jogo com foco em “valor de longo prazo para os jogadores”.
A mudança mais drástica veio na liderança: Tero Virtala deixou o cargo de CEO após nove anos, e o cofundador Markus Mäki assumiu como CEO interino.
“Não estamos satisfeitos com nosso desempenho financeiro recente, mas continuamos confiantes na nossa capacidade de criar grandes jogos que ressoam com os jogadores e que serão comercialmente bem-sucedidos”, afirmou Mäki.
Mesmo com o tropeço de Firebreak, a Remedy registrou aumento de royalties e vendas de jogos, puxado principalmente por Alan Wake 2 e Control. O sucesso do segundo jogo foi reforçado pela estreia na China, com “resultados iniciais animadores”.
Desde que recomprou os direitos de Control em 2024, a Remedy vem expandindo a marca para novos mercados fora do Ocidente - uma estratégia que, segundo Mäki, deve “aumentar o alcance da franquia no futuro”.
O relatório também confirmou que Control 2 e os remakes de Max Payne 1 e 2 estão “progredindo conforme o planejado” e já estão em produção total, enquanto um terceiro título ainda não anunciado se encontra na fase de prova de conceito.
“A maior parte do nosso foco está em franquias consolidadas como Control e Alan Wake, mas também queremos manter a capacidade de criar novas experiências, como fazemos há 30 anos”, completou o executivo.
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