Durante anos, os fãs se agarraram à esperança de que Agent, o misterioso jogo de espionagem da Rockstar Games, ainda veria a luz do dia. Mas o sonho acabou de vez - e agora finalmente sabemos o porquê.
Em uma conversa de três horas com Lex Fridman, Dan Houser, cofundador da Rockstar Games, falou abertamente sobre o passado do estúdio e revelou o motivo real por trás do cancelamento de Agent.
“Simplesmente não funcionava”
Segundo Houser, Agent passou por cinco versões diferentes, mas nenhuma delas conseguiu chegar a um formato que realmente funcionasse como jogo:
“Trabalhamos muito em várias iterações de um jogo de espionagem em mundo aberto, e nunca deu certo. Agent teve umas cinco versões diferentes. Eu concluí que não funcionava. Fico pensando nisso às vezes, e percebi: o que faz essas histórias funcionarem tão bem no cinema é exatamente o que as torna difíceis de adaptar para videogames.”
Ele ainda explicou que a versão ambientada nos anos 70 - durante a Guerra Fria - era apenas uma das ideias. Em certo ponto, o projeto chegou até a ser reimaginado em tempos modernos.
“Tivemos tantas versões diferentes desse jogo, trabalhamos com várias equipes. Mas no fim das contas, eu questiono se é possível fazer um bom jogo de espionagem em mundo aberto.”
Um sonho que talvez nunca se realize
Agent foi anunciado oficialmente em 2009 como um exclusivo do PlayStation 3, e depois desapareceu no limbo do desenvolvimento por mais de uma década, até ser oficialmente cancelado em 2021.
O comentário de Houser levanta uma questão interessante: será que um jogo de espionagem realmente combina com o formato de mundo aberto? Mesmo títulos recentes, como o futuro 007: First Light, da IO Interactive, preferem optar por áreas semiabertas para preservar o ritmo e a tensão típicos do gênero.
E você, acha que Agent era ambicioso demais? Ou ainda há espaço para Dan Houser - agora à frente da Absurd Ventures - tentar reviver a ideia de um jogo de espiões à sua maneira?
Comentários