Parece que convencer a Capcom a relançar os Resident Evil originais no PC não foi uma tarefa fácil. Segundo o gerente sênior de desenvolvimento de negócios da GOG, Marcin Paczynski, a editora japonesa simplesmente não entendia por que alguém gostaria de jogar as versões clássicas quando os remakes modernos já existiam.
“Eles diziam: ‘Mas nós já temos todos os remakes. Eles são a experiência superior desses jogos’”, contou Paczynski em entrevista ao The Game Business.
“Eles não viam valor em trazer de volta as versões originais.”
A difícil missão de convencer a Capcom
A equipe da GOG precisou insistir - e muito - para mostrar que ainda há público apaixonado pelos clássicos, especialmente entre os fãs que cresceram com os jogos originais de PlayStation.
“Levou tempo até convencê-los de que existe uma audiência com muitas memórias desses jogos e que adoraria reviver exatamente a mesma experiência”, disse Paczynski. “Felizmente, conseguimos.”
O resultado dessa persistência foi o relançamento dos Resident Evil 1, 2 e 3 originais no GOG, em versões otimizadas para PCs modernos, algo que agradou colecionadores e fãs de longa data da série.
Preservação também é parte da história
Mesmo com os remakes sendo tecnicamente superiores, a decisão de trazer os originais de volta é uma vitória para a preservação dos games - um tema cada vez mais debatido na indústria.
Os clássicos de PS1 podem parecer arcaicos para alguns, mas são parte essencial da história do survival horror. Eles representam um estilo, um ritmo e uma atmosfera que nem mesmo os melhores remakes conseguem reproduzir completamente.
No fim das contas, GOG mostrou à Capcom que nostalgia também é um bom negócio - e, principalmente, que preservar o passado é tão importante quanto reinventá-lo.
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