Se você é fã de Xbox, as últimas semanas têm sido um verdadeiro pesadelo. Há um meme antigo na comunidade que resume bem a situação: “Xbox morreu. Xbox voltou.” - uma gangorra eterna entre boas notícias e decisões que parecem sabotar todo o progresso.
2025 até começou promissor. O Game Pass viveu talvez o seu melhor trimestre, com títulos de peso chegando direto no lançamento, e a biblioteca do Xbox Series X|S nunca esteve tão recheada. Mas o brilho logo apagou quando veio a bomba: o serviço que antes era “o melhor custo-benefício dos games” subiu 50% no preço.
E, de repente, o que era orgulho virou motivo de fúria.
Sim, outras empresas aumentaram preços - Netflix, Spotify, YouTube Premium -, mas ninguém fez algo tão brusco. Esse aumento não soa como “ajuste inflacionário”. Parece mais correção de rumo financeiro.
Nos bastidores, fala-se que a divisão Xbox vem sofrendo pressão de executivos como a CFO Amy Hood, que estaria exigindo margens de lucro irreais. Isso explicaria o aumento, a redução dos Microsoft Rewards, e até demissões em massa.
E tudo isso enquanto a Microsoft registra lucros anuais recordes e bônus milionários para executivos.
Ou seja: não é sobre necessidade. É sobre ganância.
Nos últimos anos, o Game Pass era o símbolo de que ainda existia uma Microsoft voltada para o jogador. Um serviço que democratizava o acesso e valorizava o consumidor. Agora, virou sinônimo de abuso de confiança.
Phil Spencer, antes visto como o “salvador” da marca, hoje é criticado por comunicação confusa e decisões contraditórias - como negar planos de levar jogos a outras plataformas e, meses depois, fazer exatamente isso.
O cancelamento de projetos como Perfect Dark, o fechamento do estúdio de Hi-Fi Rush, e a sensação de abandono dos fãs de Halo só reforçam o sentimento de que a marca perdeu o rumo.
A Microsoft trata o Xbox como mais uma planilha, mais um produto corporativo. Mas games não são um serviço utilitário. São paixão, cultura e comunidade.
A cada corte, aumento ou decisão mal explicada, a empresa destrói um pouco da confiança que levou anos para reconstruir desde o desastre do Xbox One. E confiança, uma vez quebrada, não volta tão fácil.
Talvez, em meio a lucros trimestrais e reuniões de acionistas, a empresa ache que tudo se resume a “linha subir”. Mas e o que acontece quando a linha subir e ninguém mais se importar?
Porque, no fim, o Game Pass era mais que um serviço. Era a promessa de que, por um breve momento, os gamers ainda importavam.
E agora, até isso parece ter sido engolido pela ganância.
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