Tudo o que você precisa saber sobre Left 4 Dead 2

Novos monstros. Novas armas. Nova Orleans. L4D2 espirra sangue pra todo lado nesta surpreendente continuação.

Capa do jogo, muito parecida com a do primeiro L4D.

Left 4 Dead 2 não se distanciará da reputação do jogo original. Ao invés, a equipe de produção incluirá novos montros infectados nas batalhas, novas armas, novossobreviventes, novos elementos narrativos e uma cidade inédita, Nova Orleans. Mas pra que todo esse conteúdo existisse a Valve sabia que precisaria manter a boa formae a cara de mal.

"Quando você se depara com uma sequência, a primeira reação é tentar esconder asimplicidade do que foi feito na primeira vez", diz o roteirista Chet Faliszek. "Left 4 Dead é deliberadamente um retorno a jogos como Doom - Você pega o controle e já sabe o que fazer. Então como você acrescenta algo sem complicar?"

A resposta é: extensões no lugar de reinvenções. Incrementos para as armas, como munição incendiária que ateia fogo nos infectados; um sistema aprimorado dedeformação corporal, que permite abrir buracos nos inimigos; e o surgimento de armas como machados e frigideiras.

Apesar de os jogadores rapidamente terem simpatizado com os sobreviventes Bill, Louis e Zoey, e criado uma relação de amor e ódio por Francis, nenhum deles iráaparecer em Left 4 Dead 2. "Ainda não os colocamos na geladeira", sugere Faliszek, "é que queremos contar essa história de um lugar diferente, mas ainda manter a fidelidade ao original".

Da esquerda para a direita: Nick, Rochelle, Coach e Ellis, os novos sobreviventes de Left 4 Dead 2

Dessa vez, os personagens estão um pouco mais distantes. "Eles estão ao sul de Savannah, Georgia, e a história deles começa assim que a infecção surge. Eles ficaram sabendo que algo aconteceu no norte, mas não sabem exatamente o quê. Iremos explorar justamente isso. Queremos que eles aprendam conforme o jogo progride. Nós apresentamos os personagens de um jeito, no fim eles terão mudado quem eles são e como eles interagem uns com os outros".

As formas narrativas bastante raquíticas do primeiro jogo serão aprimoradas nessa sequência. Mas só um pouquinho. "Nós queremos que as pessoas tenham algo a mais pra se relacionar", diz Faliszek. "Ao mesmo tempo, conhecemos pessoas que jogaram o primeiro L4D por 300 horas; não podemos colocar animações gigantes que você precisa assistir toda vez que for jogar. No entanto, continuaremos a contar a história de uma maneira não tradicional. Algo que fizemos em L4D foi incluir certas linhas de diálogos que só eram reproduzidas uma vez a cada cem vezes, ou talvez você a ouvisse uma vez a cada mil vezes. Iremos fazer mais coisas desse tipo, nas quais você aprende sobre a história jogando cada vez mais."

Esse novo grupo de sobreviventes passará por Savannah até chegar em Nova Orleans, onde o governo utiliza cruzeiros para evacuar as pessoas. Para chegar lá você precisa atravessar quilômetros de pantanos, cidades destruídas e outras surpresas desagradáveis que marcam presença nos cinco estágios do jogo.

A Valve disponibilizou na E3 boa parte da ultima fase - uma passagem por várias áreas de Nova Orleans - e um pouco de uma das regiões pantanosas. Se por um lado as fases em Savannah serão mais limpas, é nítido que Nova Orleans foi atingida em cheio pela infecção. Ela está cheia de escombros, destruição e barreiras, do jeito que os jogadores de L4D já estão familiarizados.

Dessa vez o game se passará na luz do dia... Nem por isso será menos assustador!

A demonstração começa na beira de um rio, logo após o governo ter saído e os infectados terem se assentado na região. Ali perto existe uma garagem de ônibus e um segmento de "crescendo", que a Valve carinhosamente chama de ataque da horda. Dessa vez, no entanto, os crescendos não são tão simples como 'acione um botão, se esconda em algum canto e metrale a multidão até o tempo acabar'. Dentro da garagem você acionará um estridente alarme que precisa ser desativado de dentro de um labirinto - e os zumbis não vão parar de vir até você desligá-lo.

Faliszek diz que essa mudança na mecânica resultou da observação do comportamento dos jogadores. "Uma das situações que vimos bastante em L4D eram os jogadores acionando os botões e se escondendo em um canto. Dessa vez você aciona o botão e ele não para até que você aperte o outro botão. Estamos forçando você a se mexer".

Dia dos Mortos

Como se não pudesse ficar mais assustador, agora você passa pelas campanhas com uma claridade alarmante. O sol apareceu e os monstros nem pensaram em se esconder nas sombras. "Nós temos comportamentos diferentes para a luz do dia e para a escuridão", diz Faliszek. "Na luz do dia, as Witches andam por aí ao invés de ficarem sentadas chorando. Logo, elas se tornaram um desafio maior."

Assim como os novos comportamentos, existem também novos infectados especiais, que podem ser controlados no modo Versus. O único que a Valve se dispôs a revelar foi o Charger, um brutamonte anabolizado com um protuberante braço direito. Apesar de não ser tão grande quanto o Tank, o Charger pode atrolepar várias pessoas enquanto percorre o caminho até o seu alvo. Toda a sua equipe pode ser jogada de lado e ficar incapacitada antes que um Charger pare de atacar.

Eis aí o Charger, o mais novo infectado de Left 4 Dead 2.

Os sobreviventes por outro lado tem uma nova arma: a frigideira. Apesar do estranho barulho do metal batendo em um crânio, é surpreendente como ela é efetiva contra os inimigos. Já o machado é capaz de matar rapidamente graças á sua habilidade de desmembramento. A Valve considera fazer certas armas mano-a-mano causarem dano em infectados especiais. Apesar de apensa a frigideira e o machado terem sido demonstrados, Faliszek mencionou um taco de baseball e confirmou a arma predileta de todo caçador de zumbis: a serra elétrica.

Se você prefere não se aproximar muito dos infectados, a munição incendiária dará conta do recado. Você a encontra ocasionalmente dentro de caixas amarelas. Ela substitui parte da munição convencional com cartuchos que incendeiam ao acertar o alvo. "No minuto em que pegarem fogo os zumbis esquecerão de você", diz Faliszek. "Mesmo se estiverem desesperados e correndo em sua direção, eles estarão mais preocupados com a dor."

Independentemente de como matar os infectados, você o fará de forma requintada e sanguinolenta. "Eu adoro quando a espingarda manda os inimigos pelos ares", diz Faliszek. Outros detalhes vão de abrir buracos nos corpos a rachar a cabeça dos zumbis com a frigideira ou o taco. "Depois que você fizer isso eles morrerão rapidamente", diz. "Você mata tantos zumbis no jogo que ós quisemos fazer isso mais divertido do que na primeira vez".

Um cemitério diferente

Nada disso conseguiria ser verdadeiramente um jogo de horror convincente sem um cemitério fantasmagórico, por isso o lar do eterno repouso em L4D2 é único. Na verdade, ele muda toda vez que você joga. A disposição das criptas e estátuas se reconfigura randomicamente a cada visita ao cemitério.

Faliszek sugere que você procure por dicas visuais nas extremidades e no céu para orientar a travessia. "Eu costumo olhar para o ponto central. De lá você consegue enxergar um portão e caminhar naquela direção", ele diz. Você perceberá esse recurso sendo utilizado em outras fases. É mais uma forma de impedir que os veteranos de L4D joguem com o piloto automático acionado.

Uma hora ou outra você chegará ao quarteirão francês, em que os militares estavam recolhendo os moradores para atravessar a ponte de ônibus. No entanto, agora já não existem mais ônibus e a ponte está dominada por zumbis, o que sugere um novo desafio. "A ponte representa uma novidade que chamamos de gauntlet", explica Faliszek. A gauntlet (que em tradução livre para o português significa 'desafio') é como os vários finais das campanhas de L4D, mas ao invés de defender um ponto específico, você fica constantemente em movimento. "Você começa em uma extremidade da ponte e precisa alcançar a outra", explica Faliszek. "É preciso se movimentar. Se parar, você morre. A tensão é constante - quando o Tank aparece, quando o Charger aparece, qualquer uma dessas coisas pode e acertar e mandar você direto pro rio".

A ponte por sí só é um labirinto com vários caminhos. Você pode se arriscar pelo asfalto rachado e repleto de crateras (atraindo os zumbis para os buracos) ou subir em cima dos caminhões, pulando entre os veículos abandonados. Os infectados atacarão de todas as direções, mas os militares irão ajudar... de certo modo. Você encontrará algumas metralhadoras montadas ao longo do caminho, e elas "fatiam os zumbis em pedaços, é terrível", diz Faliszek com um prazer imenso. Mais do que isso, os bombardeios não pararam durante a sua fuga. Ou seja, conforme os sobreviventes progridem, alguns aviões irão zunir por cima e suas cabeças obliterando a parte da ponte que você acabou de atravesar. É a definição mais radical de "não tem mais volta".

A Valve ainda tem algumas surpresas na manga, mas o mais interessante é perceber que muitos dos aprimoramentos de L4D2 foram feitos a partir de pesquisas. A Valve rastreia o desempenho dos personagens e o disseca em tópicos que irão acarretar nas melhorias.

Eis o Cemitério de L4D2...

Alguns agrupamento randômicos fizeram as pessoas sairem furiosas das partidas, e por isso, o sistema de matchmaking (que encontra uma partida online com as características que você busca) será melhorado para uqe as equipes encontrem no modo Versus outros grupos com habilidades equivalentes. Os jogadores sempre conseguem achar novas manhas, e por isso elas estão sendo corrigidas com a adição de novas alternativas. Tudo isso é parte do objetivo geral de Falizek que é "tornar a parte divertida a melhor parte". Até agora tem funcionado.

Left 4 Dead 2 tem lançamento previsto para 17 de Novembro para XBox 360 e Computador.

Agradeçendo ao Luan HellSpawn que mandou muito bem sobre esse jogo que eu adoro e não vejo a hora de jogar !!