"Pier Solar", RPG 'indie' criado por brasileiro para... Mega Drive ?!


O Mega Drive é um dos consoles de videogame mais queridos pelos brasileiros. O aparelho de 16 bits da Sega que chegou ao Brasil pelas mãos da Tectoy fez tanto sucesso por estas bandas que inspirou a criação de um novo jogo de RPG, mesmo após o fim da produção do sistema nos Estados Unidos, em 1997.

"Pier Solar and the Great Architects" é uma produção da WaterMelon, uma produtora formada basicamente por seis fundadores, mas apoiada por mais de 100 envolvidos no projeto. O mais interessante para os brasileiros é que um dos criadores do game é o mineiro Tulio Adriano Cardoso Rodrigues, 31.

Tulio, que atualmente trabalha em Belo Horizonte como desenvolvedor de uma consultoria de TI, gasta muitas horas de descanso em seu emprego noturno, como gerente de projetos da WaterMelon. UOL Jogos bateu um papo com o mineiro, que explica todos os detalhes da produção, responde diversas dúvidas técnicas e comenta sobre os próximos projetos de sua empresa.



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"Pier Solar" conta a história de Hoston, Alina e Edessot, três grandes amigos que, após serem surpreendidos por uma repentina e perigosa doença no pai de Hoston, se veem obrigados a sair em uma fantástica jornada em busca de uma rara erva mágica capaz de curá-lo.

No caminho, os três são desafiados por uma série de eventos intrigantes e misteriosos, que os obrigam a se unirem ainda mais e provar o verdadeiro sentido da amizade.

Entretanto, a doença do parente de Hoston é apenas o começo da trama. Ao longo da jornada, uma força maligna ganha força e ameaça balancear o equilíbrio entre o Bem e o Mal na cidade de Reja, palco da aventura.

Visualmente, este RPG se mostra muito bem produzido, com mapas gigantescos e com detalhes minuciosos em cada trecho. A arte empregada nos personagens segue o estilo de animação japonesa, e o traço refinado combina bem com a bela coloração atingida pela paleta de cores utilizada pela WaterMelon.

Além disso, a paisagem conta com diversos elementos muito interessantes, como o cair das folhas na cena da floresta e o brilho de um iceberg de cristal no alto de uma nuvem, que obviamente, não convém dar detalhes do que se trata.

Já o som do cartucho conta com algumas peculiaridades além da tão badalada possibilidade de utilizar o Sega CD para tocar as trilhas sonoras. Em certos pontos da história, nota-se uma simulação de ambientes 3D proporcionados pela tecnologia intitulada de FMPCM 3D.


Questão de foco
Assim como a maioria dos RPGs, boa parte da mecânica de "Pier Solar" incentiva a exploração do vasto território de Reja. Assim, o trio de heróis deve seguir buscando informações e enfrentando os inimigos.

E é exatamente no campo de batalha que o jogo se destaca. "Originalmente, nossa intenção era trazer um sistema de batalha clássico, baseado em turnos. Entretanto fazer 'mais do mesmo' não basta, precisávamos introduzir um elemento de diferenciação, que tornasse as lutas mais interessantes de um ponto de vista estratégico. Daí surgiu a idéia do 'Gather' ou concentração de energia".

O "Gather", que na tradução para português ganhou o nome de "foco", é um sistema que permite basicamente ao personagem optar por reter sua energia durante cada turno. Assim, uma barra de foco que tem cinco níveis é preenchida e, quanto maior for o seu nível, os golpes serão executados com mais eficiência. O curioso é que além de afetar qualquer tipo de ação, desde ataques físicos a magias (ataque ou recuperação), alguns ataques e magias requerem esse nível de concentração para que funcionem.

Após acumulados três pontos de foco, estes níveis ficam permanentes durante toda a luta. Já o nível 4 pode ser perdido caso o personagem seja atacado durante a batalha. O nível máximo da barra é atingido no nível 5. Apesar de este último ter validade máxima de um único turno, ele pode ser compartilhado pelo trio. "Isso transformou toda a forma de interagir com os personagens, pois um bom uso desse sistema pode trazer grandes vantagens durante as lutas", explica Tulio.


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