Alguns jornais do mundo estão atribuindo a violência
do massacre na escola americana que ocorreu na sexta-feira passada ao
jogo Call of Duty. O jornal inglês The Sun, por exemplo, estampou em sua
capa de hoje o título “A obsessão por Call of Duty do assassino” e foi
um dos que alegaram que os jogos “tornam as crianças mais imunes à
violência e a morte”.
Mesmo que nem todos os veículos tenham associado os videogames diretamente ao massacre, a violência dos jogos tem sido um assunto recorrente nas reportagens. A rede de TV americana ABC, por exemplo, trouxe um psicólogo que garante que é equivocado culpar os jogos.
Chris Ferguson é um psicólogo clínico especialista em assassinatos em massa na Universidade Internacional A&M, no Texas. De acordo com ele, culpar os videogames é “focar na direção errada”, já que isso não é um fator comum nestes tipos de crimes.
“Se estamos falando sério sobre reduzir esses tipos de violência em nossa sociedade, a violência dos jogos ou outras mídias com violência são, claramente, a direção errada para se focar. O uso de jogos de videogame não é um fator comum entre os autores de homicídios em massa. Alguns foram jogadores, outros não”, explicou Ferguson.
O psicólogo explicou que o controle na venda das armas seria uma forma muito mais inteligente de evitar novos massacres e também ressaltou que existem elementos de racismo que pesam nas acusações.
“Sei que é um pouco controverso dizer isso, mas há certo tipo de racismo no local das mortes... Quando tiroteios acontecem em uma cidade de interior com escolas frequentadas por minorias, videogame nunca são responsáveis. Mas quando essas coisas acontecem em escolas de maioria branca e nos subúrbios, as pessoas começam a pirar e jogos de videogame são, inevitavelmente, os culpados. Acho que há elementos de racismo ou ignorância”.
Outros jornais americanos e europeus como o The Express e The Independent também apontaram os hábitos de jogatina do assassino Adam Lanza como fator que o motivou a matar as crianças e adultos.
Fonte: Outerspace
Sussu: Tava demorando...