Lançado originalmente para SNES e Mega Drive em 1994, Zero the Kamikaze Squirrel é um spin-off do jogo Aero the Acro-Bat. Desenvolvido pela Iguana Entertainment e publicado pela Sunsoft, o jogo conquistou uma boa base de fãs lá nos anos 90. Agora, com a remasterização pela Ratalaika Games, Zero retorna aos consoles modernos, trazendo nostalgia para os jogadores das antigas.
Zero, um esquilo com habilidades especiais de combate, foi introduzido como um antagonista em Aero the Acro-Bat 2. Mas como ele ganhou uma boa popularidade na época, assim ele acabou ganhando o seu próprio jogo. A trama de Zero é bem envolvente para um jogo de plataforma da época. O vilão, Jacques Le Sheets, é um perigoso magnata da indústria de papel que está destruindo a ilha natal de Zero para colher madeira. Zero recebe uma carta desesperada de sua namorada, informando que sua floresta natal está sob ameaça e seu pai foi sequestrado. Ele então parte em uma jornada para impedir seus planos malignos, em uma narrativa simples, mas que dá bastante sentido às fases recheadas de ação.
Zero the Kamikaze Squirrel traz muitos dos elementos clássicos dos jogos de plataforma da década de 90, com 15 fases cheias de inimigos, armadilhas e segredos escondidos. Porém, Zero traz um diferencial: suas habilidades de ataque aéreo. Ele pode planar no ar usando suas caudas e executar manobras kamikaze (daí o seu "sobrenome") ataques rápidos e mortais que o diferenciam de outros personagens do gênero. Zero pode correr, pular e voar pelo cenário, utilizando suas habilidades de kamikaze para derrotar adversários e avançar pelas fases. Seu ataque característico, o mergulho kamikaze, não só serve como um poderoso ataque, mas também como um meio de navegação, já que ele permite a Zero alcançar plataformas distante e mais alta, além de explorar áreas secretas.
A remasterização preserva a essência do jogo original, mas traz algumas melhorias significativas. Os gráficos foram atualizados para aproveitar as capacidades dos consoles modernos, mantendo o charme retrô com cores mais vivas e detalhes um pouco mais aprimorados. A iluminação e a sombra trazem mais profundidade e realismo ao mundo de Zero. As animações são bem fluidas, com movimentos mostram a agilidade do esquilo ninja. O design de Zero é bem marcante e a paleta de cores e o seu jeito de ser dão ao jogo uma identidade visual muito interessante.
Além dos gráficos melhorados, a versão remasterizada de Zero the Kamikaze Squirrel trouxe algumas funcionalidades modernas como a função de retroceder (assim como em Aero 1 e 2), permitindo aos jogadores corrigir seu erro sem precisar reiniciar a fase, além da opção de salvar o jogo a qualquer momento. Também temos uma galeria de ilustrações e materiais promocionais do jogo original, trazendo auela dose de nostalgia para os fãs. As fases são bem variadas, ambientadas em florestas, fortalezas e fábricas, cada uma com uma ambientação única e uma trilha sonora empolgante. Mas a dificuldade elevada de algumas fases pode afastar alguns jogadores menos pacientes. Os inimigos e obstáculos são bem desafiadores, e a precisão dos controles é crucial para evitar frustrações.
A trilha sonora é bem impressionante. As músicas seguem um estilo enérgico característico de jogos de ação dos anos 90, combinando perfeitamente com o ritmo frenético das fases e os momentos de combate do jogo. Zero the Kamikaze Squirrel é um ótimo exemplo de como um clássico dos anos 90 pode ser revitalizado para uma nova geração de jogadores. Com uma jogabilidade envolvente, gráficos aprimorados e novas funcionalidades, o jogo promete aos jogadores horas de diversão tanto para os veteranos quanto para novatos.
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