Review - Shadow of the Orient: Uma Jornada Épica em Pixel Art !!

Lembram daqueles dias em que nós gastávamos todas as fichas no fliperama tentando chegar o chefão final de Street Fighter II? Ou quando a gente passava horas grudado na TV de tubo explorando aqueles mundos maravilhosos e pixelados de Final Fantasy? Pois bem, se Shadow of the Orient tivesse sido lançado em 1995, ele teria sido aquele jogo que você juraria ter visto em um sonho - aquela mistura alucinante de Ninja Gaiden e Legend of Kage, com uma pitada daquela magia oriental que só os melhores RPGs da era dos 16-bit conseguiam capturar.


Em Shadow of the Orient, você assume o papel de Xiaolang, um jovem guerreiro que carrega o peso de uma missão monumental. Após 200 anos de paz, uma força sombria conhecida como o Clã das Sombras ressurge, espalhando o caos pelo Oriente e sequestrando as crianças da região. Armado com o poder elemental do fogo, Xiaolang deve atravessar cenários perigosos, enfrentar hordas de samurais e criaturas mitológicas, e derrotar o temido Senhor das Trevas para restaurar a harmonia. O jogo tem aquela premissa simples e muito bem executada com aquele charme que nos traz a lembrança dos grandes clássicos dos anos 90.
 
https://i.gyazo.com/a981732d62c53b06cd82f90c8708d56b.jpg

Shadow of the Orient é um prato cheio para quem é fã de jogos de plataforma com aquele toque de ação. O jogo é dividido em três atos, cada um com cinco fases e um chefe final, o jogo não é muito longo, tendo cerca de 3 a 4 horas de campanha principal –mas isso pode se estender se você for aquele jogador que adora conquistas e troféus e queira partir em busca de segredos e crianças escondidas. Xiaolang começa o jogo com suas habilidades básicas: soco, pulo duplo e escalada de paredes. Conforme você avança, é possível desbloquear melhorias como o dash, armas de curto e longo alcance, incluindo uma espada curva e facas de arremesso, e até power-ups temporários de invencibilidade.
 
https://i.gyazo.com/197f22610872f4987ae57b74cd80b138.jpg

Os controles tem ótimas respostas, mas exigem um pouco de prática. Os socos, chutes e pulos são responsivos e funcionam muito bem. O pulo na parede foi o que mais gostei, pois é uma ideia inteligente para se subir a plataformas mais altas. O fato de você ter que levar um tempo para se acostumar com o estilo da jogablidade é a parte do charme de um jogo old-school. A dificuldade é bem equilibrada e o jogo tem um generoso sistema de checkpoints, para que o progresso nunca seja perdido tão longe na fase, mesmo após aquelauma morte inesperada por armadilhas ou inimigos implacáveis que pode ter certeza, vai Acontecer E MUITO.

As fases são bem amplos e com vários caminhos, e acreditem no que vou dizer: a exploração da fase COMPLETA é muito essencial para se encontrar todas as crianças sequestradas e itens valiosos. Cada ato traz temas visuais distintos - de templos antigos a cavernas - e inimigos bem únicos, como aranhas que disparam veneno e víboras camufladas. Os chefes não tem nada de revolucionário, mas exigem aprendizado de padrões e o timing preciso, com aquele clímax satisfatório depois da vitória en cada seção do jogo.
 
https://i.gyazo.com/a6aa29840f4e30b6e0deae5b927d6ec2.jpg

Graficamente, o jogo tem aquele estilo em pixel art que eu adoro e está impecável, trazendo animações fluidas para Xiaolang e para os seus inimigos. Os cenários são detalhados, com cenários de fundo que dão profundidade às fases, como raios de luz que passam por rachaduras ou a vegetação densa em florestas orientais. É o tipo de visual que faz você parar para admirar, mesmo no calor da batalha.Sabe aquele estilo de jogo que você as vezes para para ver o cenário? É esse aqui.

A trilha sonora consegue complementar bem a experiência com melodias simples, mas cativantes, que misturam o clima oriental com uma vibe retrô. Os efeitos sonoros do jogo, como o som metálico de moedas ao impacto dos golpes de Xiaolang - são bastante satisfatórios, trazendo uma sensação bem gostosa à jogabilidade.

Shadow of the Orient é um jogo para o jogador que aprecia a simplicidade dos  jogos clássicos, com um bom nível de desafios e uma jogabilidade sólida. Se você, assim como eu, cresceu pulando entre plataformas e enfrentando ninjas no Mega Drive ou SNES, esse jogo é para você.

Nenhum comentário: