Kazunori Yamauchi explica como ele enxerga as gerações PlayStation - e por que o PS5 é tão revolucionário para Gran Turismo 7 !!
Kazunori Yamauchi, produtor da série Gran Turismo, trouxe uma visão bem interessante sobre a evolução do PlayStation e como isso impactou diretamente o desenvolvimento de GT7. Segundo ele, nem toda geração precisa ser vista como uma ruptura total.
“O PlayStation pode ser dividido em algumas gerações diferentes. O PS1 e o PS2 foram uma geração. O PS3 foi outra. E o PlayStation 4 e o 5 também são gerações muito semelhantes entre si.”
Para Yamauchi, a grande virada aconteceu a partir do PS4. Foi dali em diante que criar jogos ficou mais acessível para os estúdios, ao mesmo tempo em que o hardware passou a entregar um nível altíssimo de performance. E quando ele ouviu pela primeira vez os planos para o PS5, as expectativas já eram grandes.
Imersão acima de tudo
No caso de jogos de corrida, Yamauchi deixa claro que não basta apenas simular bem carros e pistas. A experiência precisa ser sentida.
“Para jogos de corrida, a imersão e a atmosfera são extremamente importantes. Claro que os cálculos internos e a simulação importam, mas é fundamental como isso é transmitido ao jogador.”
E é aí que entram tela, som, resposta do controle, haptics e sensação de toque. Tudo precisa trabalhar junto para convencer quem está jogando. Mas havia um objetivo específico que o time da Polyphony Digital queria atingir no PS5 com Gran Turismo 7.
O sonho do ray tracing em tempo real
O grande foco era o ray tracing. Yamauchi relembra que, no passado, essa tecnologia só era possível em supercomputadores gigantescos - e mesmo assim com resultados nada práticos para jogos.
“Naquela época, o ray tracing em tempo real rodava a algo como quatro quadros por segundo.”
Ou seja, totalmente inviável para um game de corrida.
Com o PS5, tudo mudou.
“Com um console como o PS5, conseguimos fazer ray tracing em alta taxa de quadros.
Isso foi algo realmente revolucionário para nós.”
Para fechar, Yamauchi trouxe uma lembrança quase poética: quando Gran Turismo 1 estava sendo criado, esse nível de iluminação realista parecia apenas um sonho distante. Hoje, ele roda na sala de estar. Uma daquelas situações em que tecnologia e paixão finalmente se encontram no mesmo ponto da pista.
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