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Azure segue voando
O grande destaque foi, mais uma vez, o Azure, plataforma de nuvem da Microsoft, que cresceu 39% em relação ao mesmo período de 2024. Satya Nadella, CEO da empresa, comemorou: “O Azure ultrapassou os US$ 75 bilhões em receita anual, crescendo 34% no ano”. E detalhe: isso tudo mesmo depois da demissão de até 9 mil funcionários em julho.
Windows, Surface e o ciclo do Windows 11
Mesmo com o mercado de PCs ainda sofrendo com os impactos das tarifas dos EUA e o bolso apertado do consumidor, as receitas do Windows OEM subiram 3%. Isso foi impulsionado pela preparação das empresas para o fim do suporte ao Windows 10, que acontece em outubro.
A Microsoft lançou dois novos modelos de Surface recentemente - o Surface Pro de 12 polegadas e o Surface Laptop de 13 -, mas como chegaram no meio do trimestre, os impactos reais nas vendas só serão sentidos no próximo período. Ainda assim, a expectativa da CFO Amy Hood é de queda nas receitas com dispositivos e Windows OEM no próximo trimestre.
Xbox: jogos vão bem, mas hardware desce a ladeira
Agora vamos ao que interessa pra quem curte games: Xbox e seus altos e baixos.
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Receitas com conteúdos e serviços Xbox (incluindo Game Pass) subiram 13% nesse trimestre.
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Mas o hardware... despencou 22% nas receitas.
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O Game Pass gerou quase US$ 5 bilhões em receita anual pela primeira vez.
Apesar de não divulgar o número atualizado de assinantes do Game Pass (o último foi 34 milhões em fevereiro de 2024), a Microsoft vem colhendo os frutos da estratégia “Xbox em todo lugar”: Indiana Jones and the Great Circle, Forza Horizon 5 e outros jogos chegaram ao PlayStation e fizeram sucesso, dominando o top 10 de vendas da plataforma segundo a Circana.
Nadella chegou a soltar:
“Agora somos o maior publisher tanto no Xbox quanto no PlayStation neste trimestre.”
Mesmo com os fãs mais radicais reclamando, a expansão para PlayStation e Nintendo está dando certo financeiramente.
Olho na Gamescom e no futuro do Xbox
O “Xbox everywhere” vai continuar: já se fala em jogos chegando ao Nintendo Switch 2, com rumores sobre revelações durante o evento Partner Direct da Nintendo. E na Gamescom, no mês que vem, a Microsoft promete demo jogável de Hollow Knight: Silksong no portátil ROG Xbox Ally, além de outras surpresas.
Mas vale o alerta: a própria Amy Hood já adiantou que as receitas com conteúdo e serviços Xbox devem cair no próximo trimestre, junto com uma queda geral na receita de games.
Cloud ainda é o rei
No setor de produtividade, o Microsoft 365 cresceu 18% na versão comercial e 20% na versão para consumidores — esta última muito por causa do aumento de preço de janeiro e das licenças do Copilot com IA. Agora são 89 milhões de assinantes no mundo todo.
O crescimento de Azure e serviços de nuvem (39% ano a ano) foi tão relevante que a Microsoft anunciou que vai investir mais de US$ 30 bilhões só no próximo trimestre em infraestrutura de IA - o que pode ultrapassar US$ 120 bilhões no ano fiscal inteiro. Um verdadeiro absurdo.
LinkedIn, publicidade e IA no Bing
Até o LinkedIn teve seu momento de glória: crescimento de 9% nas receitas e 7% no número de sessões. A Microsoft também viu a receita de publicidade no Bing e no feed de notícias crescer 21%, muito graças à integração com IA.
Resumo da ópera:
A Microsoft tá fazendo chover na nuvem, o Xbox encontra sucesso em novas plataformas, mas o hardware precisa de ajuda. Já o Game Pass segue como a estrela da vez - mas sem novos números, tudo fica no campo do “confia”. Resta saber se essa estratégia multiplataforma vai segurar o tranco a longo prazo.
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