
Mesmo após garantir que nenhum dos jogos apresentados na última vitrine seria cancelado, a credibilidade da empresa está em baixa. Afinal, quantas promessas quebradas cabem em uma única geração?
Promessas quebradas e estúdios fechados: os casos mais notórios
A lista de contradições é extensa, mas alguns casos são especialmente emblemáticos:
🔸 Hi-Fi Rush e o fim da Tango Gameworks
Após o lançamento de Hi-Fi Rush, o VP de marketing da Xbox, Aaron Greenberg, comemorou:
“Hi‑Fi RUSH foi um sucesso absoluto para nós e para os jogadores em todos os principais indicadores.”
Um ano depois, a Tango Gameworks foi encerrada - só sendo salva por uma compra de terceiros.
🔸 O caso Call of Duty e a FTC
Durante o processo com a FTC, a Microsoft garantiu que franquias gigantes como Call of Duty continuariam multiplataforma. IPs originais, como Starfield e Avowed, seriam exclusivos do Xbox.
No entanto, a declaração recente de Phil Spencer contradiz isso:
“Não vejo linhas vermelhas no nosso portfólio que digam ‘isso não pode’.”
🔸 Quatro jogos no PlayStation… e depois mais?
Em fevereiro de 2024, Spencer afirmou que apenas quatro jogos antigos e com foco na comunidade seriam lançados para PlayStation: Hi-Fi Rush, Pentiment, Grounded e Sea of Thieves.
Ele disse ainda que jogos como Indiana Jones não chegariam à plataforma da Sony.
Resultado? Indiana Jones foi lançado para PlayStation em abril de 2025.
🔸 Blackbird e Everwild: elogiados por Spencer, cancelados meses depois
Em março, Phil Spencer teria dito que “não conseguia parar de jogar” o novo MMORPG Blackbird, da equipe de Elder Scrolls Online. Três meses depois, o jogo foi cancelado. O mesmo aconteceu com Everwild, da Rare. Em fevereiro, Spencer elogiou o progresso do estúdio - e em junho, o jogo foi cancelado.
O que está por trás desses cortes?
Segundo relatórios, os cancelamentos na divisão Xbox fazem parte de um esforço da Microsoft para redirecionar investimentos para infraestrutura de IA - uma decisão corporativa que parece ter pouco a ver com games.
Não se sabe até que ponto Phil Spencer tem controle sobre isso, mas a dúvida que paira sobre a comunidade e analistas é: ele ainda é a pessoa certa para liderar a divisão Xbox?
Um momento crítico para a marca Xbox
Em meio a uma geração marcada por exclusivos atrasados, cancelamentos e decisões confusas, a Xbox parece estar mais distante do público do que nunca. Para jogadores que acompanharam a marca por décadas, a sensação é de frustração acumulada - e a cada nova contradição, a confiança diminui.
Enquanto isso, os fãs esperam por mais do que palavras: querem compromisso com os jogos, com os estúdios e com a comunidade.
Comentários