
"O avanço da Microsoft na IA não significa que ela está substituindo funcionários por tecnologia. No entanto, o custo significativo de construir essa infraestrutura ao longo dos anos fez com que a companhia buscasse cortar custos onde for possível", informou o Seattle Times.
Papéis eliminados podem ser substituídos por IA
Apesar de a Microsoft afirmar que não está substituindo funcionários diretamente por IA, muitas das funções eliminadas nos últimos meses são justamente aquelas que podem ser auxiliadas por ferramentas de inteligência artificial, como codificação e depuração de software.
A empresa já investiu pesadamente em IA que escreve e revisa códigos automaticamente e, segundo relatos, pretende tornar o uso dessas ferramentas obrigatório para alguns cargos, com avaliações de desempenho monitorando essa adoção.
Obsessão por IA e tensões com a OpenAI
A Microsoft planeja investir US$ 80 bilhões em infraestrutura de IA até o final do próximo ano fiscal, um aumento de US$ 25 bilhões em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, surgem rumores de tensão com a OpenAI, parceira estratégica da empresa, conforme cada uma busca seguir caminhos diferentes no desenvolvimento de IA.
Desde 2023, a gigante de Redmond tem sido acusada de “obsessão por IA”, implementando a tecnologia em praticamente todos os seus produtos e serviços, muitas vezes antes mesmo de estarem prontos para o uso em larga escala.
Um paradoxo lucrativo
Curiosamente, essas demissões massivas vêm no mesmo ano em que a Microsoft teve um dos melhores desempenhos financeiros de sua história, ultrapassando a Apple em valor de mercado e ficando atrás apenas da NVIDIA entre as empresas mais valiosas do mundo.
Apesar do impacto humano e organizacional, os cortes têm agradado os acionistas, que veem o foco total na IA como uma aposta promissora para o futuro da companhia.
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