
A trama permanece fiel: controlamos Naked Snake, em uma missão de infiltração nos anos 60, em plena Guerra Fria. A missão parece simples: resgatar Sokolov, um cientista soviético. Mas tudo se complica quando sua mentora, The Boss, trai os EUA e decide se unir à União Soviética e ao Coronel Volgin. Agpra ele tem que "resolver"esse problema. E vocês sabem o que isso significa
É aqui que nasce não apenas a jornada de Snake, mas o DNA de toda a saga Metal Gear. Intriga política, dilemas morais, discursos memoráveis e um dos finais mais emocionantes já vistos em videogames - tudo intacto, mas agora embalado em um visual que beira o cinematográfico.
Se o original já inovava, o remake refina. O sistema de sobrevivência está de volta: curar ferimentos manualmente, caçar animais para se alimentar, camuflagens adaptadas ao terreno - tudo aquilo que fazia Snake Eater ser diferente de qualquer outro jogo de espionagem continua aqui. Só que agora, as cicatrizes das suas batalhas permanecem no seu corpo durante todo o game. Excelência nos detalhes manda aqui.
Outra diferença é que agora a fluidez é impressionante. A movimentação está mais natural, a mira mais responsiva e uma selva ainda mais viva, impressionante e imprevisível. Cada passo, cada som, cada animal, pode ser a diferença entre passar despercebido ou chamar a atenção de uma patrulha inteira. Não se supreenda se ficar parado admirando o ambiente e do nada uma patrulha te vir. Isso é normal aqui.
É o mesmo Snake Eater que amamos, mas com uma evolução gráfica que impresiona quem vem lá da época do PS2.
Aqui é onde o remake brilha forte. A Konami usou a Unreal Engine 5 para reconstruir a selva com nível de detalhe absurdo. A vegetação reage ao vento, os reflexos na água são hipnotizantes, os animais se movem de forma natural. Claro, temos ainda alguns problemas pois pelo visto, os desenvolvedores ainda não dominaram a UE5, mas nada que atrapalhe ou decepcione.
E os personagens… Snake, The Boss, Ocelot e cia ganharam modelos mais realistas e expressivos, que fazem cada cutscene ter um impacto de filme de Hollywood. Os detalhes das expressões faciais impressionam aqui com detalhes de emoções, dúvidas, raiva... O trabalho foi muito bem feito aqui.
A trilha sonora original de Norihiko Hibino e o tema icônico “Snake Eater” continuam lá, só que agora remasterizados e com arranjos ainda mais grandiosos.
E sim, David Hayter está de volta para dar voz a Snake, assim como o elenco original. O peso da nostalgia bate forte quando ouvimos aquela clássica voz em um visual de nova geração. Nada contra Kiefer Sutherland no MGS 5, mas não bateu aquela sensação de "Uou, é o Big Boss, É o Snake". A voz de Snake é e sempre será David Hayter.
Metal Gear Solid Δ: Snake Eater não tenta reinventar a roda - ele respeita o clássico, moderniza a experiência e entrega para os fãs exatamente o que queríamos: a chance de reviver uma das histórias mais icônicas dos games com a grandiosidade que ela merece.
É um remake feito com cuidado, paixão e reverência. Um presente para nós, veteranos, e uma porta de entrada perfeita para quem nunca conheceu a saga. E para quem está começando agora, bem vindo. Você vai se apaixonar e não vai se arrepender.
🔥 Um dos maiores jogos de todos os tempos, agora mais imersivo, mais belo e mais emocionante do que nunca.
Comentários