
Apesar de iniciar seu comunicado afirmando que “aprecia a paixão da comunidade”, o grupo que representa gigantes como Ubisoft, EA, Activision, Warner Bros. Games, Microsoft, Square Enix, entre outros, rejeitou totalmente as propostas do movimento.
O que é o Stop Killing Games?
O movimento tem como principal objetivo garantir que jogos possam continuar existindo mesmo após o desligamento oficial de seus servidores. Entre as propostas estão:
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Tornar obrigatório que desenvolvedores criem modos offline viáveis;
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Permitir que a comunidade mantenha o jogo através de servidores privados ou versões alternativas;
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Preservar o acesso de jogadores a jogos pelos quais pagaram, mesmo após o fim do suporte oficial.
A resposta do lobby europeu
Para o Video Games Europe, a proposta é impraticável e colocaria em risco a viabilidade econômica da indústria. Em nota, o grupo declarou:
“A decisão de descontinuar serviços online é multifacetada, nunca tomada de forma leviana e deve permanecer como opção para as empresas quando a experiência online deixar de ser comercialmente viável.”
O lobby também criticou a ideia de servidores privados, argumentando que eles não oferecem garantias quanto à proteção de dados, remoção de conteúdo ilegal e segurança da comunidade:
“Muitos jogos são projetados desde o início para serem exclusivamente online. Na prática, essas propostas limitariam a liberdade criativa dos desenvolvedores e tornariam a produção de certos jogos proibitivamente cara.”
Contradições e reações
O posicionamento causou indignação entre jogadores e defensores do consumidor. Afinal, todas as empresas representadas pelo Video Games Europe já desativaram servidores de jogos pagos sem oferecer reembolsos aos jogadores.
Casos emblemáticos como Anthem e outros títulos que se tornaram totalmente inacessíveis após o desligamento dos servidores continuam sendo lembrados por uma comunidade cada vez mais preocupada com a preservação dos jogos digitais.
Uma indústria dividida
O youtuber e desenvolvedor Pirate Software também se posicionou contra o movimento, alegando que manter jogos indefinidamente traria custos extras aos estúdios. No entanto, muitos desenvolvedores independentes e defensores de preservação digital argumentam que a indústria precisa encontrar formas de equilibrar lucratividade e responsabilidade com o consumidor.
Enquanto isso, o movimento Stop Killing Games promete continuar pressionando as autoridades europeias para que legislem em favor da preservação dos jogos e dos direitos dos consumidores.
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